Eleguá é o mais importante dos orixás na santeria cubana. Representado por uma criança, ele é muito travesso, zombador e brincalhão. O espetáculo Eleguá, menino e malandro investiga a ancestralidade africana na cultura de países como Cuba e Brasil. Desde a tradição oral, passando pela música, pelas danças afro-brasileiras e afro-caribenhas. Cada um desses movimentos é apresentado de forma lúdica no espetáculo infantil que está em cartaz nesse final de semana no Centro de Culturas Negras Jabaquara. Na sexta o espetáculo começa as 19h e as 16h no sábado e domingo.
A história se divide num primeiro momento em narrar a criação do mundo, a partir da visão cosmogônica africana, o nascimento e a relação de Eleguá com sua família. Logo a seguir, a rua passa a ser o cenário dos acontecimentos e a encenação procura aproximar o mito das crianças e jovens dos dias de hoje utilizando elementos do rap, do funk e do blues, movimentos de expressão cultural e identidade negra. As linguagens que nasceram das ruas e são desdobramentos contemporâneos da cultura tradicional. Até mesmo a figura do repentista nordestino aparece como ferramenta da nossa narrativa.
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Todos esses recursos também são usados para apresentar a crianças e jovens uma outra visão da sociedade, além do roteiro eurocêntrico.
São muitos nomes para o integrante da família real dos orixás, Eleguá, Elegba, Elegbara, Exu e muitas vezes ele é injustiçado, tendo suas histórias e suas características distorcidas, sendo cercado de preconceito e discriminação. Segundo o sociólogo francês Roger Bastide, “Exu, ou Eleguá, é o orixá mais incompreendido e caluniado do panteão afro-brasileiro”.
SERVIÇO
Eleguá, menino e malandro
Dias 7 às 19h , 8 e 9 de julho às 16 h.
Local: Centro de Culturas Negras do Jabaquara
Endereço: R. Arsênio Tavolieri, 45 – Jardim Oriental, São Paulo – SP, 04321-030
Telefone: (11) 5011-2421
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